Um 2013 justo e sustentável à todos. Lembre-se: de que lado você está?
Abraços,
Rafael Moya
Sustentabilidade, Desenvolvimento Socioambiental, Política, Direitos Humanos, Justiça. "Voe como uma borboleta, ferroe como uma abelha." (Muhammad Ali)
Na última sexta-feira, os
vereadores votaram, e aprovaram, a Lei Orçamentária Anual para o ano de 2013.
Poucas pessoas sabem, mas o Poder Legislativo no Brasil, seja ele de âmbito
municipal, estadual e federal tem a prerrogativa de discutir, ajustar e aprovar
os gastos que o Poder Executivo fará. São três as leis que tratam de orçamento:
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Plano Plurianual (PPA) e Lei
Orçamentária Anual (LOA).
Em matéria publicada no Jornal Correio Popular de 18 de
agosto, me deparei com a notícia de que teremos mais restrições às propagandas
eleitorais nas ruas. Esta medida vem no sentido de várias outras, tomadas não
apenas pelo Judiciário, mas também pela Câmara de Vereadores. Sob o argumento
da limpeza da cidade e do meio ambiente equilibrado, as normas vão,
supostamente, restringindo as propagandas. Em um primeiro momento, a tendência
é aplaudirmos iniciativas como essa, pois o senso comum inclina-se repudiar a
política, sentimento este agravado pelas enxurradas de denúncias dos últimos
anos. Porém, creio que devamos olhar com um pouco mais de atenção a estas
medidas.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA) e a Fundação José Pedro de Oliveira estão analisando formas para impedir que se façam pesquisas ou exploração de minérios na Mata Santa Genebra em Campinas, já que existem, pelo menos, oito pedidos para a atividade tramitando em órgãos da União e do Estado. Entre os problemas que podem ser causados estão os assoreamentos dos corpos de água, barulho que afete a vida animal e contaminação do solo. O presidente do COMDEMA Rafael Moya afirmou que se a atividade for autorizada pode significar o fim da Mata Santa Genebra.
Matéria publicada no
Correio Popular do dia 31 de março sobre a escassez hídrica joga luz a uma
importante questão. Segundo a matéria, devido a isso, uma grande empresa que
produz bens de alto valor agregado poderá não se instalar em nossa região. No
dia seguinte, outra matéria que chama atenção é a que trata da articulação de
prefeitos da região para reverter o tombamento da Serra dos Cocais que tramita
no CONDEPHAAT. Ambas as matérias jogam luz a uma questão recorrente: o que
fazer com as áreas “vazias”.
Comdema estuda acionar MP para punir prefeituraPara entidade, cidade descumpre meta de árvores e faz podas irregularesMICHELLE PORTELA - CAMPINAS
O Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente) vai denunciar a Prefeitura de Campinas por crimes ambientais ao Ministério Público. Para os conselheiros, o Executivo realiza podas de árvores irregularmente nos bairros da cidade e não cumpre a legislação de arborização vigente no município em uma série de itens, como por exemplo não manter índice de arborização de 100 árvores por quilômetros quadrados na cidade. Uma Comissão Jurídica formada por advogados membros do Comdema está finalizando o documento da denúncia, que será encaminhado às promotorias de Meio Ambiente e de Urbanismo na próxima semana, como explica o presidente do conselho, Rafael Moya. “Entendemos que atos criminosos foram cometidos pela prefeitura ao deixar de cumprir a própria legislação municipal”.
Arquivo | TodoDia Imagem Rafael Moya, presidente do Comdema: pressão sobre a administração
O objetivo dos conselheiros é forçar a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que obrigue a prefeitura ao cumprimento da legislação de arborização. Entre os principais problemas apontados, a poda “mutiladora” das árvores realizada pelo DPJ (Departamento de Parques e Jardins) é apontada como uma das mais graves. “São podas feitas sem qualquer referência técnica, mesmo que o município tenha capacidade para emitir esses laudos”, afirma Moya.
INTENÇÃO
Por meio do TAC, o Comdema quer que a prefeitura realize um inventário quali-quantitativo por amostragem da arborização urbana em até 36 meses, determine a reavaliação dos projetos de arborização do sistema viário dos grandes empreendimentos imobiliários construídos desde julho de 2003, sob suspeita de terem realizado corte de árvores irregularmente, e que fiscais sejam habilitados e capacitados para notificarem proprietários de imóveis que precisem fazer replantio de árvores.
Além disso, o Comdema quer que a prefeitura destine, em Orçamento público municipal, recursos para o plantio de árvores nas margens dos rios e córregos dentro do perímetro urbano de Campinas.
OUTRO LADO
A Prefeitura de Campinas foi procurada para comentar o assunto, mas não se posicionou até o fechamento da edição.